Bichectomia: saiba tudo sobre o procedimento que se tornou um dos queridinhos no Brasil

mulher depois de fazer a bichectomia
6 minutos para ler

Angelina Jolie e Alinne Moraes não chamam atenção apenas pelos lábios: o rosto anguloso e as maçãs do rosto (osso zigomático) bem evidenciadas proporcionam a imagem de mulher sexy e decidida. O rosto anguloso, então, tomou o lugar do formato oval como referência de beleza e sensualidade. Procedimentos estéticos como a bichectomia ajudam a ressaltar esses aspectos da face e, por isso, tornaram-se muito populares nos consultórios odontológicos.

Mas antes de procurar por um profissional para fazer o procedimento, é preciso entender bem como esse tipo de cirurgia funciona. Neste texto, você vai entender melhor o que é bichectomia e como funciona:

O que é bichectomia?

É a remoção das bolas de Bichat, bolsas de tecido adiposo localizadas logo abaixo da maçã do rosto. Elas levam o nome do anatomista e fisiologista francês Xavier Bichat, que as identificou no século XVIII.

As bolas de Bichat se localizam em uma camada mais profunda da face, entre os músculos masseter e bucinador. Funcionam como um tipo de amortecedor entre os músculos faciais. Mas seu tamanho têm mais a ver com genética do que com peso corporal. É por isso que vemos muitas pessoas magras com bochechas grandes.

Além disso, elas diminuem com a idade. É por isso que bebês e crianças são mais bochechudos do que os adultos.

Quando mais avantajadas, as bolas de Bichat ressaltam as bochechas, dando a impressão de uma face mais pueril, meiga e até um pouco infantil — um efeito diferente do rosto anguloso, que costuma ser considerado mais sensual. 

A bichectomia, então, remove esse tecido adiposo, ressaltando os zigomáticos e deixando a mandíbula mais evidente.

Saúde

As primeiras bichectomias não tinham função estética. Na verdade, ela é comum entre indivíduos que têm corredor bucal estreito e, por conta disso, mordem a bochecha involuntariamente e com frequência.

Como o padrão de beleza mudou, as pessoas começaram a procurar pelo procedimento por motivos estéticos.

Dentistas podem fazer bichectomia?

Como visto, o cirurgião-dentista é o profissional mais adequado para a remoção das bolas de Bichat. A bichectomia já fazia parte dos procedimentos cirúrgicos orofaciais muito antes de se popularizar. 

Outro aspecto importante é que, por lei, a área de atuação de um cirurgião-dentista vai desde a parte acima da tireoide até a raiz dos cabelos. A Resolução CFO-198, de 29 de janeiro de 2019, reconhece a harmonização orofacial como especialidade odontológica.

Por fim, um dentista estuda, no mínimo, por cinco anos em horário integral para realizar procedimentos na arcada dentária. Além disso, precisa estudar mais para praticar outros tipos de cirurgia que não foram cobertas pela grade curricular da graduação. Portanto, ele tem todo o conhecimento necessário para lidar com procedimentos orofaciais. 

Capacitação

O importante é que o paciente se informe antes de escolher o profissional. Afinal, não é qualquer cirurgião-dentista que pode realizar a cirurgia. Ele precisa ser devidamente capacitado com um curso de carga teórica e prática condizente com a bichectomia.

A cirurgia é complicada?

Qualquer cirurgia é um pouco complicada — principalmente quando se trata da remoção de algum tecido ou objeto do corpo humano. Além disso, as bolas de Bichat se localizam em uma área sensível do rosto, em meio a estruturas nervosas e canais salivares.

A bichectomia, no entanto, é relativamente simples (quando comparada a outros procedimentos estéticos) e pouco invasiva. Por isso, o paciente não terá problemas durante o pós-operatório, mas precisa seguir as orientações dadas pelo cirurgião.

Experiência profissional

Outro aspecto importante é que, embora não seja complicada para um profissional capacitado, ela não é tão simples quanto uma extração dentária — que não deixa de ser uma cirurgia de remoção de objeto dentário. Por isso, quanto mais capacitado o cirurgião-dentista estiver, melhor será o resultado.

Procure pelos procedimentos realizados por esse profissional e por clientes que tenham passado por ele. Assim, fica mais fácil fazer uma escolha confiável. 

Como a bichectomia é feita?

A cirurgia consiste em uma incisão intraoral de 1 a 2cm na altura do segundo molar superior. Antes de fazê-la, ele vai procurar pelas marcas anatômicas características do local. Então, as bolas de Bichat são removidas parcial ou totalmente.

Todo o procedimento é único e feito dentro da boca. A anestesia é local e pode ou não ser feita sob sedação.

O procedimento costuma ser bem rápido: de 40 minutos a 1 hora. Quanto mais experiência o profissional tiver e quanto melhor o sistema fisiológico do paciente responder, mais rápido será a cirurgia.

É possível fazer técnicas associadas?

Geralmente, a bichectomia é feita sozinha, sem nenhum procedimento associado. No entanto, pode ser feita durante um lifting facial, por exemplo. Quando o profissional ergue a pele facial para movimentá-la, pode aproveitar para remover as bolsas de gordura.

Quais as contraindicações para a bichectomia?

O paciente precisa estar saudável. Por isso, não pode estar com doenças infecciosas. Além disso, é preciso que a expectativa esteja alinhada com a realidade. Se a paciente pretende sair com o rosto igual ao de uma estrela de cinema, provavelmente o profissional não vai realizar o procedimento.

Como é o pós-operatório?

Por ser uma cirurgia com poucas complicações, o pós-operatório é bem tranquilo para o paciente. O ideal é que ele utilize compressas geladas no local e evite alimentos duros e cítricos. Além disso, precisa tomar as medicações durante o tempo indicado pelo cirurgião.

O repouso completo costuma ser de uma semana. Por fim, atividades físicas só depois do aval do cirurgião. Portanto, nada de pensar que é só fazer a cirurgia e sumir do consultório! O profissional precisa avaliar se a cicatrização está boa.

As bolas de Bichat farão falta na velhice?

Alguns especialistas argumentam que as bolas de Bichat poderão fazer falta no futuro, durante o envelhecimento. No entanto, esses tecidos não têm função estrutural, nem de sustentação, ou seja, elas não funcionam como suporte de outro tecido ou músculo. Além disso, acredita-se que a função real delas seja apenas para o recém-nascido, auxiliando a amamentação e protegendo os ramos bucais do nervo facial.

Os principais riscos da bichectomia estão, na verdade, na falta de conhecimento técnico do especialista. Sendo um profissional que domina o procedimento, dificilmente algo acontecerá.

Com a utilização da técnica correta aliada a uma boa margem de segurança, é possível reduzir o risco de intercorrências durante e após a cirurgia.

Ficou interessado em passar pela bichectomia? Entre em contato com a Qualimplan e marque uma avaliação.

Você também pode gostar

Deixe uma resposta

-